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domingo, 13 de novembro de 2011

ACONTECEU NO JARI - EXPEDIÇÃO NAZISTA

No ano de 1935, um grupo de alemâes  vindo de Belém no navio Coronel José Júlio aportou em Santo Antônio da Cachoeira. Era uma expedição alemã que tinha pretexto científico, segundo afirmavam os participantes. Os expedicionários subiram o curso do rio Jari além da cachoeira de Santo Antônio, montado a base de seu acampamento no local conhecido cachoeira de Macaquara.

Oto, o mais graduado de todos, tinha empregado até para atar a sua rede. Nas suas travessuras, se envolveu com uma índia Aparaí de nome Macarrani, com quem teve uma filha chamada de Cessé, branca de olhos azuis; o pessoal da expediação a chamava de Alemoa; ela casou-se com um índio de sua tribo.
Além dos Aparaís, foram contratados 30 mateiros, caboclos conhecedores da selva, desbravadores de rios, e que tinham certa facilidade de se locomover pela floresta fechada, um meio hostil, dominado por cobras, malária, arraias, mosquitos e animais altamente predadores.
Certa vez, o hidroavião Água Marítima, pilotado por Oto se despedaçou no meio de toras de madeira em pleno rio Jari. Dias antes da vinda de Oto da Alemanha, Grener mandou fazer diariamente uma fogueira à margem do rio Jari para marcar o lugar onde ele deveria pousar com seu hidroavião. Oto trouxe apenas um cachorro à bordo e na volta levou muitas caixas com amostras de rochas entre outras coisas.
A aventura desconhecida da maioria dos brasileiros, terminou como outros projetos nazistas, afogada em delírios de poder  como, aliás era típico da ideologia nazista.No final do ano de 1935,  Joseph Grener que dominava bem a língua portuguesa, na época com cerca de trinta anos de idade veio ao Jari buscar mercadorias na comunidade de Santo Antônio da Cachoeira, tendo dormindo na noite anterior no acampamento da filial. Pela manhã começou a comandar a passagem das mercadorias em lombo de burro, para o lugar onde estava ancorado o seu pequeno barco. Durante esse trabalho sentiu-se mal e teve que ser levado às pressas para a vila de Santo Antônio, pois estava acometido de uma febre muito alta. Antes, porém de entrar em coma, pediu que guardassem as mercadorias.
Às oito horas do dia 2 de janeiro de 1936, faleceu Joseph Grener. Como seu companheiros estavam muito  distante da Cachoeira não foi possível presenciarem o seu sepultamento. Ao retornarem, seus companheiros de expedição ouviram o relato dos acontecimentos e foram até o local onde havia sido sepultado; em seguida rumaram para Belém. Dois meses  após o falecimento de Grener, Oto e os outros expedicionários voltaram a Santo Antônio da Cachoeira com uma cruz de acapú, medindo três metros de altura com letras gravadas na madeira em alemão (JOSEPH GRENER - STARB HIER AM - 2-1-36 - DEN FIERBERTOD IN DIENSTE DEUSTSCHER FURSCHUNGS ARBEIT DEUSTSCHE AMAZONAS JARY - EXPDITION 1935-37) e a suática nazista.
Por quê o interesse dos nazistas nesta área remota da Amazônia?
Para responder a este questionamento supor ser esta região, na época uma área de interesse das potências imperialistas pode ser uma boa pista.
Assim podemos conjecturar a título de curiosidade: Pois, após a permanência dos comandados de Hitler na década de 1930, o mesmo local, no mesmo rio Jari e na mesma foz do Amazonas, o Governo militar, saído do golpe de 1964, cede essa região ao milionário norte-americano Daniel Keith Ludwig. 
Anos depois, na década de 1970, foi implantando o polêmico e famoso Projeto Jari. Ludwig foi levado à presença de Casto Branco, nos idos de 1967, pelas mãos de Roberto Campos, e seu projeto produziu uma imensa polêmica nacional envolvendo forças armadas, intelectuais, comunistas e nacionalistas, mas que contribuiu para o povoamento e  o progresso da região do Vale do rio Jari que atualmente acolhe mais de cem mil brasileiros.


No vídeo assita  um trecho do longa-metragem “AmazôniAdentro” que conta os feitos dessa expedição nazista no rio Jari.

Expedição subindo o rio Jari




Alemães e caboclos na expedição nazista no rio Jari

Suástica nazista

Reportagem da época noticia a expedição alemã



Okoy, linda índia da etnia Aparai

Hidroavião Águia Marinha, conduzido pelo Jari

Kampfhenkel (2º à esq.), gal. Daltro Filho e o governador Malcher
Autoridades em Belém na partida do Águia Marinha para o Jari


 Fonte: Nazismo na Amazônia (Edilson Martins) IN: brasilwiki.com.br
            Livro: Jari: 70 anos de História de Cristóvão Lins










Hermann Göring, ministro da Areonáutica de Hitler, foi quem patrocinou toda a expedição, que de científica é difícil se provar. Faziam parte da expediçãos: Gerd Kahle, chefiando o grupo; Joseph Greiner, responsável pela ordem interna da expedição; Otto Schulz-Kampfhenkel, aviador, amigo de Hermann Göring. Participava também da expedição Gerhard Krause, mecânico de avião e operador de som. A expedição foi conduzida, na prática, no meio da floresta pelos indígenas aparais, nativos da bacia  do rio Jari, que colaboraram alegremente carregando bandeiras nazistas e outros apetrechos. Vale ressaltar que esses índios, naquela época eram absolutamente ignorados pelo estado brasileiro. O fato dos índios liderarem a expedição não deixa de ser uma contradição já que os nazistas, defensores da superioridade da raça ariana, desprezavam outras raças como judeus, negros entre outras.

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